Desenvolver um ambiente amplo de negociação nas convenções coletivas das categorias representadas é a principal missão do Sescon Campinas. A data base dos representados acontece no mês de agosto, mas o Sindicato inicia as negociações bem antes disso, já nos primeiros meses do ano.
As negociações ocorrem por meio das reuniões da Comissão Permanente de Negociação Coletiva do Trabalho, fórum onde se discute de forma centralizada com outros Sescons do Estado de São Paulo as estratégias, pautas de reinvindicações e propostas.
O fórum reúne-se na sede do Sescon São Paulo, sempre com a presença dos membros da comissão de negociação do Sescon Campinas, formada pelo presidente Edison Ferreira Rodrigues, vice-presidente Dr. Rodrigo de Abreu Gonzales e o vice-presidente Administrativo José Homero Adabo.
Na negociação coletiva de trabalho diversos procedimentos são adotados tanto pelos representantes dos empregadores quanto pelos representantes dos trabalhadores, sempre com o objetivo de promover a auto-regulamentação das condições de trabalho. Tudo isso é feito com base na legislação vigente, provendo o equilíbrio das relações de trabalho, por meio do diálogo, transparência, ética, igualdade, coerência, autonomia coletiva e liberdade sindical.
No livro “Direito do Trabalho”, Niterói: Impetus, 1ª edição, 2007, p. 1229, Vólia Bomfim Cassar diz que a negociação coletiva é tão importante, que é considerada a “base de formação do Direito do Trabalho, pois se caracteriza como atividade típica de toda estrutura do direito”. A negociação tem ainda o aval da Constituição Federal e da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que reconhecem o papel obrigatório dos Sindicatos nessa negociação.
“É um trabalho de muito diálogo, que exige tempo e dedicação, por isso não é uma tarefa fácil. Especificamente neste ano, já estamos acertando a redação de cláusulas para torná-las mais claras e não deixar margem de dúvida ao que se pretende,” diz o presidente do Sescon Campinas Edison Ferreira Rodrigues.
Edison lembra, que a estratégia de negociação centralizada, já utilizada há anos pelos Sescons, fortalece as categorias representadas, resultando na Convenção Coletiva de Trabalho, que nada mais é do que um instrumento jurídico que estipula as condições de trabalho válidas por um certo período, no âmbito do setor de atividades ou ramo econômico e dentro do território de representação das partes.
O Sescon Campinas sabe da preocupação de seus representados em não gerar passivos trabalhistas e pede empenho e confiança para conseguir sempre as melhores condições a todos os seus representados.
“Sem dúvida, nenhuma das empresas que faz acordo direto com o Sindicato Laboral tem obtido índices melhores, dos que são conquistados por meio da convenção coletiva. Historicamente temos obtido as melhores condições para as empresas.” finaliza o presidente do Sescon Campinas, que informará a todos assim que a convenção for estabelecida.